SEMINÁRIO SOBRE SEGURANÇA EM TARAUACÁ.

A prevenção à criminalidade em Tarauacá, inclusive a violenta, só pode ter sucesso por intermédio de uma inclusão humana social, econômica e política. Não se reduz a criminalidade a níveis razoáveis unicamente por meio da lei, definindo novos fatos típicos, agravando a resposta penal e excluindo benefícios dos autores de infrações penais graves. É uma verdade secular, já vivida pelo nosso País há longos anos com enorme prejuízo à segurança pública.
A repressão à violência não se faz à força, como se prendendo criminosos tivéssemos cidades limpas de péssimos indivíduos. Isso se faz, em primeiro lugar, pela educação, esperando-se resultados positivos no futuro.
Todos se perguntam: O que podemos fazer para mudar essa situação? A meu ver, trata-se de uma questão conjuntural e estrutural ao mesmo tempo. Uma questão social e moral que não poderá ser resolvida de imediato, como num toque de mágica, mas somente a longo prazo. Deve envolver as famílias, escolas, igrejas, ONGs, partidos políticos. Com certeza, não vamos resolver com ações isoladas, de forma individualista. É preciso uma ação coletiva, envolvendo muitos atores sociais, tais como os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, o mundo da Educação, da Cultura, da Saúde, do Trabalho e outros setores importantes da sociedade.
Além das ações práticas cotidianas, tais como policiamento maior, Rota nas ruas etc., é preciso reeducar os valores, pois muita violência está vinculada ao mundo do consumo, do mercado e do trabalho. As necessidades de consumo são tantas, e de forma tão violenta, que as pessoas ficam “loucas” para comprar um produto ou mesmo ganhar dinheiro fácil, roubando um caixa eletrônico, uma pessoa que sai do banco (saidinha) ou mesmo sequestrando de forma organizada ou espontânea.
Penso que existe um problema anterior que precisamos analisar, ou seja, a violência da imposição ao consumo por meio das publicidades e propagandas que querem vender de qualquer jeito. Vejo jovens que são capazes de assassinar o colega para tomar o seu tênis, homens e mulheres que são capazes de matar o marido, a mulher, a mãe, o pai, o avô para ganhar o dinheiro do seguro. A loucura pelo dinheiro, esse “Deus que assassina”, está produzindo violência contra seus próprios irmãos. Uma violência fácil, que age por qualquer motivo, que tira a vida por coisas fúteis. Nesse sentido, penso que precisamos trabalhar pela reeducação da sociedade como um todo.
Um novo país, com uma nova moral deve ser construído. É preciso fazer a crítica social, política e moral desse País e dessa cultura que tem produzido ladrões por todos os lados. A responsabilidade para combater a violência coibindo as ações destrutivas é de toda a sociedade, uma vez que somos nós (cidadãos) que escolhemos e controlamos os nossos governantes.
Assim vejo que a sociedade que deveria esta neste dia de hoje debatendo sobre a violência em Tarauacá não deram as caras e exigem do estado Laico uma solução para o problema.
Assim não cobre do delegado, do padre, do deputado, do juiz, do major do policial, do professor, promotor, pastor ou do aluno um resultado, se as famílias não respondem pelos seus próprios atos.
Dai esta algumas dicas para melhorar nossa segurança.
Dentre todas as ações mostradas varias são importantes.
Policiamento nos bairros mais distantes e com maior numero de problemas. Corcovado, Praia e Triangulo;
Revitalização do boxe da policia no bairro Corcovado;
Criação de dois boxes policiais no bairro senador Pompeu e um no Triangulo;
Investimento para as policias Civil e militar: Viaturas, armamento, melhores salários;
Treinamento de policiais:
Mais um delegado para Tarauacá;
Combate ao crime através de Leis duras e severas aprovadas na Assembleia Legislativa;
Sociedade mais atuante e comprometida com a realidade;
Envolvimento das igrejas nas causas sociais;
Maior valorização dos agentes penitenciários e seguranças;

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